Você já pensou de onde vêm aquelas ideias que surgem de repente, aliadas a bens materiais e que, bem lá no fundo, você nunca havia desejado e que hoje não saem da sua cabeça?
São ideias de “felicidade ideal” plantadas pela mídia e pelo capitalismo, e que germinam em você porque muitas vezes, nem mesmo sabemos quem realmente somos ou do que gostamos.
Se eu fico apenas refletindo sobre as coisas que me faltam, eu perco de me estabelecer no presente e decidir quais são as coisas que realmente são importantes para que eu continue a jornada de hoje.
No post anterior nós falamos um pouco sobre Lei da Atração. Hoje, eu quero aprofundar especificamente em relação a esse pensamento da Lei da Atração: como ele é construído?
Não vou falar em relação às teorias do pensamento. Nada disso! Quero falar sobre uma construção que eu mesma fui fazendo ao longo do tempo. É isso que eu vou compartilhar com você.
Nós estamos imersos em um mundo onde existe vários estímulos. Muitos estímulos, e o tempo inteiro! E já há bastante tempo, nós somos bombardeados com aquela conversa, com aquela retórica, de que todos precisam ser prósperos, abundantes, e para isso, você tem que canalizar, você tem que atrair, uma casa maravilhosa, um carro maravilhoso, um emprego maravilhoso!
Então, a gente deve voltar um pouquinho atrás, e pensar como é que esse pensamento foi construído: Quem me falou que eu para eu ser feliz, eu tenho que ter uma casa gigante, uma casa com um monte de cômodos, que eu nem vou usar? Quem falou para mim que para eu ser valorizada eu tenho que ter carro do ano, o melhor carro? Quem falou que para eu ser valorizado enquanto ser humano, eu tenho que ter um emprego, por exemplo, de executivo, um grande empresário ou mesmo, no ramo em que eu atuava anteriormente, o de professora: ser uma professora universitária em alguma universidade muito conhecida.
Quem construiu isso em mim? Quem disse que eu só vou ser valorizada se eu tiver essas coisas? Este tipo de pensamento é o pensamento capitalista, pensamento que gira em torno da economia, do financeiro. E por que é que eles vão embutido essas coisas na gente?
Porque eles querem construir pessoas cada vez mais produtivas, para gerar dinheiro e esse dinheiro atrair dinheiro, e atrair dinheiro, e atrair dinheiro. E eles vão enredando a gente nesse tipo de pensamento, e chega o momento que você pensa que você só vale pelo que você tem, e não, pelo que você é.
Então, essa reflexão visa uma revisão de todos os seus sonhos, dos seus projetos. Quem falou que para ser feliz eu vou ter que ter a casa mais bonita, por exemplo, do lugar onde estou? Para ser feliz, às vezes, eu preciso apenas de um teto.
Eu encontrei na internet uma pessoa muito especial: é o Eduardo Marinho. E ele contou sobre a experiência dele como morador de rua. Anteriormente, era filho de um de uma pessoa classe média alta. Ele tinha todas as coisas, todas as oportunidades: a universidade que ele quisesse cursar, ele cursaria. E ele abandonou tudo isso para sair em busca de quem ele era.
Esse tipo de projeto é um projeto que a gente precisa refletir junto. Eu não preciso sair por aí, abandonando tudo que eu construí, porque isso também faz parte de mim. Hoje faz parte de mim: tudo que eu tenho, que foi construído paulatinamente, diariamente mês a mês, ano a ano, foi toda uma vida de construção. E eu, na idade que eu tenho hoje, não ficaria bem e eu não me sentiria bem, em sair assim mundo afora, sem saber quando eu vou tomar um banho, quando eu vou me alimentar.
Então, não é esse tipo de pensamento radical que eu estou procurando. Eu estou propondo que, com esses mantras que estão soltando por aí, sabe? “Seja próspero, atraia, porque o universo é abundante”, para você atrair o que realmente interessa para você! Será que o emprego que você está hoje, não é o melhor para você? Não está te fazendo feliz? Não está te trazendo o sustento? Não está realizando e materializando sonhos?
E às vezes, eu estou contente onde eu estou. Eu não preciso sair em busca de outro só porque as estampas em todos os lugares estão me mostrando aquilo que eu ainda não tenho, estão me mostrando faltas, lacunas.
Ah, você tem tal carro, mas você pode ter esse: Esse é o melhor! Você está morando assim, mas você precisa estar morando assado: isso é qualidade de vida! Essa é uma falsa propaganda. É uma propaganda que tem nos bombardeado há muitos anos, e que hoje está começando a fazer muito mal.
Algumas pessoas que chegam ao consultório com vários problemas de insônia, aí eu pergunto:
- O que que você fica pensando, né? No outro dia?
- É, eu fico pensando que eu tenho trabalho. E o que eu tenho que fazer no trabalho!
- Nossa, porque você fica pensando no trabalho, uma vez que você só vai até ele no outro dia? Por que você fica pensando no trabalho de madrugada, se só vai conseguir resolver quando você chegar lá?
- Porque eu tenho que bater meta, porque se eu não bater meta eu sou demitido, e eu preciso do dinheiro, porque...sabe?
Assim: inúmeros problemas ligados à questão financeira.
Temos que voltar um pouco atrás e fazer a seguinte pergunta: Será que tanto consumismo que está ocorrendo no mundo de hoje, traz felicidade? Será que todas essas coisas que estão dizendo para mim: Aí, compra! Porque você só vai ser feliz se você tiver! Será que isso é real?
Isso é construção de pensamento, e eu estou exposta tempo inteiro, o tempo inteiro eu estou sendo bombardeada. Até em relação ao medo da contaminação com as doenças: COVID, a varíola do macaco etc. Eu não estou dizendo que essas doenças não existem. Elas existem! Mas sabe como é que elas conseguem te atingir? Quando você baixa a guarda. Quando você está com o seu mental tão forte, mas tão forte: porque quero isso, quero aquilo, quero aquilo...só vou ser feliz se eu tiver isso!
Você está se desconectando da sua essência e quando você se desconecta da sua essência você perde a questão de quem você é! Se eu fico apenas refletindo sobre as coisas que me faltam, eu perco de me estabelecer no presente e decidir quais são as coisas que realmente são importantes para que eu continue a jornada de hoje.
Então, o que eu proponho é não ficar no futuro, na ansiedade, porque todos esses pensamentos: você precisa ter isso, você precisa ter aquilo, você precisa ter aquilo outro, você precisa ser desse jeito, você precisa se vestir desse jeito. Todas essas coisas, elas geram um stress, geram uma ansiedade, que vão te levar para um outro momento de tempo, que é o futuro. E o futuro é o rei da ansiedade.
Lembra aquela conversa que eu sempre falo? Que fica a respiração aqui em cima, fica acima do peito, fica aquela respiração curta: isso sobrecarrega o coração e dali a pouco dá aquela taquicardia, aí você tem aquele medo de que vai morrer, síndrome do pânico já se instala, mas por quê? Porque você não pensou no momento presente.
Então, a reflexão que eu quero fazer com você hoje é em relação a todas essas coisas que estão nos bombardeando. E a pergunta que deve ser feita é: o que eu preciso para hoje, o que eu preciso para agora, o que que é essencial para mim?
Para que você inicie o dia traçando metas que você possa concluir.
O que é, por exemplo, importante para uma Gisele Bündchen, que é uma pessoa também maravilhosa, pode não ser importante para mim. O cuidado todo que ela tem com corpo, pode não ser importante para mim, e tudo bem! A casa do fulano é maravilhosa! É isso, é aquilo...Deus abençoe! Que continue uma casa muito bonita. Eu não preciso atualmente uma casa imensa, onde eu tenho um monte de coisas para manter.
Finalizando, eu gostaria de falar para você sobre alguns florais que podem te ajudar nesse movimento de voltar para dentro e descobrir qual que é a tua Essência Verdadeira, o que é a tua Fagulha Divina, que está tão encapadinha aí, e que está fazendo com que você ache que o que os outros querem para você é melhor do que aquilo que você mesmo já tem aí dentro, que você já trouxe como benção para sua vida.
Um dos florais é o Agrimony. Ele vai fazer aflorar a sua verdade interior, aquele Eu verdadeiro que você quer apresentar para os outros, mas que você não tem segurança, que você tem medo: O que eles vão pensar de mim? Ele vai te ajudar muito.
Um outro que eu acho que é fundamental para esse momento em que você está no futuro: amanhã, amanhã e está deixando de viver o hoje. Eu indicaria o Clematis. O Clematis é o floral que vai ajudar você a ancorar no momento presente. Ele vai ajudar você a estar íntegro, inteiro no presente para planejar o futuro, sim! Porque vai existir o dia de amanhã, espero que sim.
Nós temos que focar no presente, para que possamos construir o hoje, que vai nos trazer o futuro que queremos, certo?
Se vocês gostou, todas as quintas-feiras tem um post novo. Gratidão pela sua companhia!
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