Radiestesia é a ciência que tem como objetivo medir e detectar campos energéticos através de alguns instrumentos.
A existência de radiações na natureza é um fato real e comprovado pela ciência, tais como: raios de calor, raios-X, raios ultravioletas, raios infravermelhos, etc.
O seu termo vem do latim, radius = radiação, e do grego aeshtesis = sensibilidade.
Essa capacidade de medição de energia através da Radiestesia, se dá de uma forma que ultrapassa aquilo que pode ser percebido através dos nossos sentidos corporais (tato, audição, visão, paladar, olfato) e até mesmo, em algumas situações, pela ciência convencional, uma vez que lhe falta instrumentos.
A captação de vibrações através da Radiestesia é a sensibilidade, é a percepção consciente, é o entrar em contato voluntariamente com determinado campo energético (animal, vegetal, mineral, hominal, etc).
É também um método simples e admirável de decodificar as respostas solicitadas ao inconsciente, que, sob o comando da vontade, manifesta-se por meio dos movimentos de um pêndulo ou dos demais aparelhos radiestésicos, sendo uma porta segura para a outra dimensão, um espaço aberto para captar informações que emergem do espaço e do tempo.
Podemos dizer que o início desta ciência perdeu-se no tempo, uma vez que foram encontrados dados pré-históricos sugerindo técnicas oraculares baseada em diversos princípios no intuito de capturar a caça, por exemplo (ver mais em Rodrigues, 2000).
Desde esses tempos mais remotos, o homem já percebia que havia possibilidade de captação e transmissão de energias a distância por meio de técnicas relativamente simples.
A Radiestesia baseia-se no príncipio que todos os corpos vibram e emitem ondas. Até uma simples pedra é composta por atomos que se movimentam constantemente. E o Radiestesista consegue captar essa onda e vibração, mediante a sua vontade consciente (sintonia com o objeto), fazendo uma seleção mental do que deseja saber, associado a instrumentos que usa para sondagem e prospecção das perguntas que ele fez mentalmente, com intenção.
Os chineses já usavam a rabdomancia dois mil anos antes de nossa era, principalmente para a prospecção de correntes subterrâneas e fontes de água.
A noção de uma ligação maior entre a terra e as criaturas que nela vivem, devido aos campos de energia que lhes são comuns, era melhor aceita e compreendida na Antigüidade tanto nas culturas ocidentais quanto nas orientais. Hoje podemos constatar uma retomada do interesse por tais questões (RODRIGUES, 2000).
Egípcios e romanos também faziam uso de tal prática. A condenação desses principios considerados "adivinhatórios" foi proposta por Martim Lutero, em 1518 que considerava que o uso da radiestesia serve de intermediária para uma relação ilícita com o demônio.
Hoje o preconceito ainda existe em alguns segmentos sociais, principalmente devido ao desconhecimento dessa ciência que facilita cada vez mais a identificação de problemas humanos, facilmente identificáveis através dos pêndulos e dos gráficos adequados, além de facilitar a escavação de poços pois possibilita a identificação dos veios de água, bem como identificação de jazidas de minerais, entre outros tantos usos.
Em 1693, Pierre le Lorrain, abade de Vallemont, publica uma corajosa defesa da arte da rabdomancia (radiestesia com o uso de varas) intitulada "A Física Oculta", com o subtítulo
"Tratado da Vareta Divinatória e sua Utilização para a Descoberta de Fonte de Água, Jazidas de Metais etc". A obra foi condenada pela Inquisição. Assim mesmo ela foi
reeditada em 1702 e em 1722, tal o interesse que a arte despertava. No século XVIII, no entanto, um número crescente de padres e abades estudaram o fenômeno tendo eles mesmos praticado intensamente a Radiestesia.
No próximo post, vou trazer alguns instrumentos mais utilizados em Radiestesia.
Referências:
RODRIGUES, Antonio. Radiestesia Clássica e Cabalística. São Paulo: Fábrica das Letras, 2000.
Comments